Fim de concessão

Câmara do Rio aprova encampação da Linha Amarela, para Crivella assumir pedágio

Decisão unânime garante fim da concessão, após acusação de lucro ilegal da Lamsa

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A Câmara Municipal do Rio aprovou, em primeira votação, nesta sexta-feira (1º), por 43 votos favoráveis e nenhum voto contrário, a encampação da Linha Amarela. A via é administrada desde 1997 pela empresa Lamsa, que foi acusada pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB) e pela CPI da Linha Amarela de lucrar ilegalmente R$ 1,6 bilhão, com a cobrança de pedágio na rodovia de 17,4 km, ligando a Barra da Tijuca ao Centro e ao Aeroporto Internacional do Galeão.

A medida de iniciativa do Município acontece após o prefeito Crivella suspender contrato, destruir cancelas e iniciar com derrota a batalha judicial pelo controle da Linha Amarela, que tem pedágio fixado em R$ 7,50, para carros de passeio, em cada sentido.

Na madrugada do último domingo (27), o prefeito Marcelo Crivella determinou e acompanhou de perto a destruição de cancelas e das cabines de cobrança da praça do pedágio. A medida foi tomada após o anúncio do cancelamento do contrato com a Lamsa, mas a concessionária obteve liminar na Justiça para voltar a operar na praça de pedágio.

Enquanto a Prefeitura e a Câmara alegam que a Lamsa cobrou R$ 1,6 bilhão a mais do que o previsto no contrato de concessão, o Tribunal de Contas do Município afirmou, em relatório, que o valor cobrado a mais dos motoristas foi de R$ 480 milhões.

A segunda votação da matéria será realizada na próxima terça-feira (5), quando o texto poderá ser emendado. A Lamsa se posicionou contra a tomada da concessão e indicou que irá buscar seus direitos na Justiça. (Com informações da Agência Brasil)

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