Butantan diz que 1,8 milhão de doses da CoronaVac já foram recolhidas há uma semana
Resolução da agência determinou recolhimento de lotes da vacina contra covid, interditados de forma preventiva no início do mês
O Instituto Butantan informou nesta quarta-feira, 22, que já havia determinado, há uma semana, o recolhimento voluntário dos lotes da vacina CoronaVac interditados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Foram vetados 25 lotes do imunizante, com cerca de 12,1 milhões de doses. Outras 9 milhões de doses, cujo IFA está em trâmite para o Brasil, também estão interditadas – total de 21 milhões de doses. As vacinas foram envasadas com matéria-prima (Insumo Farmacêutico Ativo) de um laboratório na China que não passou por inspeção da agência, segundo a Anvisa.
O instituto frisou, em nota, que as primeiras 1,8 milhão de doses distribuídas para o PNI (Programa Nacional de Imunizações) já foram recolhidas e substituídas por vacinas produzidas pelo Butantan com IFA proveniente de fábrica na China, certificada previamente pela Anvisa. Responsável pela pela produção da CoronaVac no Brasil e importação da vacina da China, o Butantan ressaltou “não houve qualquer prejuízo para o calendário de vacinação estipulado pelo Ministério da Saúde”.
De acordo com o governo de São Paulo, ao qual o instituto Butatan é ligado, as vacinas foram produzidas pelo próprio Butantan com IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) que veio de fábrica na China.
“O instituto reafirma que a vacina foi analisada pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan e não há qualquer indício de desvio de qualidade nos lotes da CoronaVac. Esclarecemos, ainda, que a medida cautelar estipulada pela Anvisa atinge, exclusivamente, às 8 milhões de doses que foram envasadas em uma planta específica da biofarmacêutica chinesa Sinovac, não tendo impacto em qualquer outro lote, especialmente os fabricados no Brasil”, informou o Butantan em nota.