Braskem já pagou R$100 milhões a vítimas de danos da mineração em Maceió
Mineradora revela volume de indenizações e auxílios financeiros para maceioenses
Em resposta às cobranças do movimento SOS Pinheiro que representa vítimas dos danos geológicos causados pela extração de sal-gema em quatro bairros de Maceió (AL), a Braskem afirmou nesta quinta-feira (20) que já repassou mais de R$ 100 milhões em indenizações e auxílios financeiros.
Segundo nota enviada ao Diário do Poder pela assessoria de imprensa da Braskem, das mais de mil propostas apresentadas aos moradores prejudicados pelos danos geológicos, apenas uma não foi aceita.
Na nota, a Braskem afirma que mantém diálogo constante com representantes da comunidade e com as autoridades signatárias do acordo, na busca de trazer mais efetividade ao Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação.
A mineradora afirma ainda que iniciativas como a antecipação do cronograma e a aceleração das indenizações têm sido implementadas em atendimento aos pleitos da população.
“Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, a Braskem continuou mantendo o diálogo e as negociações com os moradores por telefone, WhatsApp e meios digitais. O volume de recursos pagos em indenizações e auxílios financeiros ultrapassa os R$ 100 milhões e, das mais de mil propostas apresentadas aos moradores, apenas uma não foi aceita”, conclui a Braskem, na nota
Apelo de moradores
Reclamações sobre lentidão no processo de reparação de danos e sobre os valores dos auxílios e indenizações (com valor base de R$ 80 mil) repassados pela Braskem a moradores dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto foram enviadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Segundo disse ao site Gazetaweb o coordenador do SOS Pinheiro, Geraldo Vasconcelos, os moradores ainda amargam incertezas diante das rachaduras que afetam as localidades. E a Braskem tem pago de auxílio mudança cinco vezes o valor do auxílio aluguel. Sendo que o auxílio aluguel é 0,5% do valor da proposta dos danos materiais. Além disso, reclama do valor de R$ 80 mil por danos morais por morador afetado, citando que os moradores da encosta só receberam R$ 20.000,00 por núcleo familiar.