Irresponsabilidade

Mesmo com coronavírus, paciente de Brasília frequentou shopping, igreja etc

Governo do DF rastreia passos de casal que circulou na cidade mesmo contaminado

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A primeira paciente e o marido André Luís Souza Costa da Silva, que se recusava até a fazer exames, durante viagem recente: ele quer sair do isolamento, mesmo infectado - Foto: Instagram.

As autoridades de Saúde do Distrito Federal fazem o rastreamento dos passos das duas primeiras pessoas infectadas por coronavírus em Brasília, de um casal que viajou à Suíça e Londres.

Apura-se inclusive a informação de que, no sábado (7), André Luís Souza Costa da Silva, 45 anos, segundo caso confirmado de coronavírus, esteve na igreja evangélica Congregação Cristã no Brasil, no Guará, que ele frequenta com a mulher, Cláudia Maria Patrício Souza Costa da Silva, 52 anos, primeira paciente da doença no DF. Nessa igreja, homens cumprimentam uns aos outros com beijo no rosto, que chamam de “ósculo santo”.

Cláudia se encontra respirando por aparelhos, mas informações preliminares nesta quinta-feira (12) dão conta de que melhorou seu estado de saúde. Ela somente procurou um hospital sete dias depois do aparecimento dos sintomas. O governo do DF quer saber com quem Cláudia manteve contato nesse período, a fim de realizar exames e fazer monitoramento.

O comportamento mais criticado pelas autoridades é o de André Luis Souza Costa da Silva, que é advogado. É que, mesmo após relatar à Secretaria de Saúde sintomas da doença, ele desobedeceu a ordem de isolamento domiciliar e se recusou a fazer exames, até que uma ação judicial determinada pelo governador Ibaneis Rocha obteve o mandado que o obrigou a mudar de atitude.

Já com sintomas da doença, André continuou circulando em Brasília normalmente, levando risco de contágio aos locais onde esteve. Além de entrar e sair do Hospital Regional das Asa Norte (HRAN), ele agiu normalmente, frequentando shoppings, restaurantes etc.

Apesar de tudo o que fez, o homem agora se recusa a ajudar as autoridades de saúde informando os locais onde esteve, mesmo quando já era considerado suspeito de coronavírus e desrespeitava a determinação médica de isolamento domiciliar. O governador Ibaneis Rocha já orientou uma segunda ação judicial contra o advogado a fim de obrigá-lo a colaborar com o rastreamento dos próprios passos.

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