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Brasil é eleito presidente do Conselho de órgão para refugiados da ONU

Embaixadora Maria Nazareth foi eleita por aclamação e tem mandato no órgão de governança do Acnur por um ano

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Destino de muitos imigrantes e refugiados, Brasil se torna presidente da Acnur. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A embaixadora do Brasil nas Nações Unidas, em Genebra, Maria Nazareth Farani Azevêdo, foi eleita ontem (9) para exercer a presidência do Conselho do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Pela primeira vez, desde sua fundação, o Brasil ocupará a presidência do órgão de governança da agência. O mandato é de um ano.

Criado em 1950, após a Segunda Guerra Mundial, o Acnur, por meio de seu trabalho humanitário, ajuda os refugiados a recomeçarem suas vidas. O Conselho do Acnur é responsável por coordenar as discussões entre os Estados membros, determinar as ações prioritárias e aprovar o orçamento do órgão.

Segundo o Acnur, nas últimas décadas, os deslocamentos forçados atingiram níveis sem precedência. Estatísticas recentes revelam que, até o final de 2019, mais de 79,5 milhões de pessoas no mundo deixaram seus locais de origem por causa de conflitos, perseguições e graves violações de direitos humanos.

Ainda de acordo com a agência, cerca de 1% da população mundial está deslocada. Desse total, 40% são crianças.

Em nota, o Itamaraty disse que a “eleição reflete o reconhecimento internacional pelo engajamento brasileiro no campo humanitário, sobretudo em razão das iniciativas inovadoras tomadas pelo governo federal na proteção a refugiados e no âmbito da Operação Acolhida”.

Criada em 2018, a operação é responsável por garantir o atendimento humanitário aos refugiados e migrantes venezuelanos em Roraima, principal porta de entrada da Venezuela no Brasil. (ABr)

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