Brasília

Bombeiros desmentem alegação do aeroporto para lacrar saída de emergência

Versão da Inframérica para lacrar saída de emergência é lorota

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A major Renata Costa de Moura, subcomandante do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, desmentiu a explicação oferecida ao Diário do Poder pela empresa Inframérica, que administra o aeroporto de Brasília, sobre o “lacre” que impede ou ao menos dificulta abrir a saída de emergência localizada entre os portões de embarque 14 e 15.

A oficial do Corpo de Bombeiros cita o Regulamento de Segurança Contra Incêndio do Distrito Federal (Decreto Distrital 21.361/2000) e a Norma Técnica n° 10 do CBMDF para afirmar enfaticamente que “é proibido deixar saídas de emergência bloqueadas ou trancadas, de forma que aqueles que assim procederem, estão sujeito a multas e/ou penalidades.”

O Diário do Poder obteve flagrante da saída de emergência amarrada com lacre semelhante àquele utilizado pelas companhia aéreas para lacrar malas de passageiros. Feito de material resistente, somente pode ser rompido com uso de tesoura ou outra ferramenta cortante.

Em sua explicação, em e-mail enviado pela assessora Camila Stivelberg, a Inframérica garantiu que “o procedimento está alinhado com os órgãos competentes e todos os dias passa por inspeção dos bombeiros.”

A administradora do aeroporto internacional de Brasília, um dos mais movimentados do País, atrapalha-se nas alegações, primeiro ao afirmar que se trata de um lacre e depois para ressaltar que “a finalidade do lacre plástico não é lacrar e sim manter a porta fechada e não trancada”. A porta lacrada dispõe inclusive de barra antipânico, para facilitar seu uso em situação de emergência. Mas o lacre dificulta essa utilização.

O aeroporto internacional de Brasília é um dos mais movimentados do País.

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