Terrorista italiano

Bolsonaro e embaixador italiano falam sobre extradição do terrorista Cesare Battisti

Antonio Bernadini afirmou que o caso Battisti 'é algo muito claro': Itália quer a extradição

acessibilidade:
O italiano também ressaltou que a conversa serviu para reafirmar as boas relações entre Brasil e Itália

Na manhã desta segunda-feira (5), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) esteve reunido com o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, na pauta, o futuro do terrorista italiano Cesare Battisti, 63 anos. Bernardini entregou à Bolsonaro uma carta do presidente italiano Sérgio Matarella.

Após a conversa, o embaixador não afirmou se Bolsonaro garantiu ou prometeu algo sobre a  extradição, apenas destacou que o presidente eleito tem ideias muito claras sobre o terrorista. “O caso Batistti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição. O caso está sendo discutido agora no Supremo Tribunal Federal. Esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”.

Cesare Battisti, terrorista condenado italiano, deve ser extraditado de volta à Itália, como quer o governo.

O italiano também ressaltou que a conversa serviu para reafirmar as boas relações entre Brasil e Itália. “Temos uma presença no Brasil que é histórica. É claro que estamos olhando para o futuro para aumentar a presença italiana no Brasil”. Jair Bolsonaro já afirmou durante a campanha eleitoral ter vontade de extraditar o terrorista italiano.

Em dezembro de 2010, o então presidente Lula negou o pedido do governo italiano sobre a extradição de Battisti.

Cesare Battisti foi condenado duas vezes a prisão perpétua na Itália, ele é acusado da prática de terrorismo e de quatro assassinatos, além de ter deixado um adolescente paraplégico, a quem feriu a bala. Os crimes ocorreram quando ele era integrante do Partido Proletariado Comunista.

PGR pede ao STF prioridade na extradição

Logo depois do encontro do embaixador e do presidente eleito, a Procuradora-Geral da República (PGR) Raquel Dodge solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) dê preferência ao caso de Cesare Battisti.

Battisti nas mãos do STF

Desde outubro do ano passado, o governo brasileiro revogou a condição de refugiado do terrorista italiano.

No final de setembro de 2017, a defesa de Battisti entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma eventual extradição, deportação ou até expulsão do Brasil.

O relator do caso é o ministro Luiz Fux, a decisão é monocrática e não existe data definida para que o caso seja julgado.

Reportar Erro