Câmara dos Deputados

Boca Aberta tem mandato suspenso por seis meses no Conselho de Ética

Caso envolve agressões contra colega de Câmara e em invasão a uma UPA em Londrina (PR)

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou por 10 votos a 1 a suspensão do mandato do deputado Boca Aberta (Pros-PR), por seis meses. O caso envolve duas representações por agressões: uma contra o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) e outra por ter invadido uma UPA na região metropolitana de Londrina (PR).

O deputado Boca Aberta se defendeu afirmando que é “impossível invadir um local público” e que já teria se desculpado com parlamentares com quem teve divergências.

Boca Aberta teve único voto contra a suspensão dado pelo deputado alagoano João Henrique Caldas, o JHC (PSB-AL).

Ele vai recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se a decisão da CCJ for favorável ao relatório, o Conselho de Ética deve encaminhar um projeto de resolução para que o Plenário da Câmara vote.

Invasão de UPA

Segundo acusação do Ministério Público, na madrugada do dia 17 de março deste ano, o deputado Boca Aberta entrou na UPA de Jataizinho, região metropolitana de Londrina, onde encontrou um médico dormindo durante o plantão.

Boca Aberta iniciou um tumulto, constrangendo médicos, demais profissionais da Saúde e guardas municipais que estavam no local. E realizou a exposição em redes sociais das imagens. Atitude considerada pelos outros deputados como “indevida”.

Por conta desse episódio, de diversos embates do deputado com outros parlamentares e por ter tentado desqualificar as ações do Conselho de Ética, o parecer do deputado Alexandre Leite (DEM-SP) foi pela cassação do mandato. Mas, após o debate de hoje com os deputados, o relator mudou seu parecer e recomendou apenas a suspensão do mandato por seis meses.

O deputado Boca Aberta esteve presente à reunião do conselho e se defendeu, afirmando que se elegeu protegendo os interesses dos mais pobres, exatamente o que ele estaria fazendo ao entrar na UPA em março, argumentou. (Com informações da Agência Câmara Notícias)

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