Carne imprópria para consumo

Balsa que naufragou com bois na ilha de Marajó era do presidente da Câmara Municipal de Muaná

Imagens com os animais mortos circulam nas redes sociais de moradores locais

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O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) está investigando as circunstâncias do naufrágio que ocorreu  ontem a tarde (14), na ilha de Marajó, e acabou vitimando cerca de 30 bovinos, a denúncia é que a carne dos animais foi comercializada. A balsa continua submersa no local.

De acordo com informações do site OLiberal, a balsa que fazia o transporte dos animais é do  vereador João Guilherme Kalume Kalif, presidente da Câmara Municipal de Muaná, e do secretário de Agricultura da cidade, Nalmiro Brabo.

Na última quarta-feira (14), 40 animais estavam sendo transportados da fazenda para o matadouro, ao chegar no local, no momento da retirada dos bois, os animais se assustaram com a movimentação e a balsa acabou virando com a carga viva dentro.

Ontem mesmo, o promotor de Justiça da cidade, Luiz Gustavo Quadros, solicitou que a Polícia Civil e a Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária Municipal, atuem no caso. “No decorrer da tarde, chegou ao conhecimento da Promotoria de Muaná que os animais que tinham morrido afogados, cerca de 30 bois, estavam sendo preparados para consumo humano, com esquartejamento e distribuição aos açougues. Ao tomar conhecimento desse fato, foi imediatamente efetivada uma vistoria no local pelos servidores do MPPA, e acionada da polícia militar, bem como a Adepará (servidor e médica veterinária) para atestarem a circunstância do abate e verificar se existia a possibilidade de consumo humano ou não”, disse o MPPA em comunicado.

De acordo com o MP, a médica veterinária da Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) condenou a carne para o consumo humano.

Um dos donos da embarcação, Nalmiro Brabo disse que já foram tomadas as providências para retirar a balsa do local. “Já está meio caminho andado. Só falta esperar uma outra embarcação, para ajudar nisso”.

O prefeito da cidade nega que os bois mortos tenham sido comercializados.“Ontem mesmo, quando aconteceu, o presidente da Câmara estava comigo. Iria passar pela Vigilância Sanitária para fazer essa fiscalização. Em momento nenhum a gente ia colocar a vida das pessoas nesse risco. Isso, na verdade, é fofoca da oposição que tenta denegrir. Hoje, a gente não é nem maluco em pensar nisso. A gente está lutando contra uma pandemia e não ia colocar a população ainda mais em risco’”.( Com informações site OLiberal)

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