Perigo de incêndios

Balões ameaçam redes de transmissão e Furnas mobiliza técnicos para evitar corte

Já são 15 ocorrências de balões caindo sobre os cabos condutores de linhas de transmissão apenas este ano

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Já são 15 ocorrências de balões caindo sobre os cabos condutores de linhas de transmissão apenas este ano. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O risco de ter seus serviços interrompidos em tempos do novo coronavírus (covid-19) levou a hidrelétrica Furnas a mobilizar seus técnicos para controlar os efeitos que eventuais incêndios causados por balões possam causar nas linhas de transmissão de energia.

De acordo com a empresa, só em 2020, já foram registradas “pelo menos 15 ocorrências de balões caindo sobre os cabos condutores de linhas de transmissão. Além disso, outro risco inerente aos balões refere-se às queimadas, especialmente nesse período que se aproxima, que é de estiagens em boa parte do Brasil”.

A empresa reitera o alerta de que a prática de soltar balões é criminosa e pode provocar o desligamento da linha de transmissão, ocasionando a interrupção do fornecimento da energia elétrica, “com prejuízos incalculáveis, já que podem afetar hospitais e outros serviços essenciais”, explicou, por meio de nota, o gerente de linhas de transmissão de Furnas, Ricardo Abdo.

Balões podem causar incêndios

“Em tempo de pandemia do covid-19, isso é ainda mais preocupante”, acrescentou o gerente, ao alertar que, além de riscos de incêndios, os balões podem resultar em queimaduras, colocando em risco a segurança de muitas pessoas.

Segundo Abdo, a empresa também sofre com prejuízos para realizações de reparos e manutenções, recursos que “poderiam ser destinados a novos investimentos”.

“Os técnicos de Furnas são prontamente mobilizados para realizar as devidas manutenções quando um balão atinge os ativos da empresa. O tempo para recompor o sistema elétrico depende de uma série de fatores. Um deles é o acesso ao local da ocorrência, muitas vezes em regiões remotas e de difícil acesso; outro pode ser o horário (à noite), o que dificulta ainda mais o pronto atendimento”, complementa. (ABr)

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