Veto do Iphan

Aumento no tamanho dos pilares do viaduto é por segurança, justifica GDF

O desenho original teria sido alterado ainda por aspectos econômicos e ambientais

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) barrou o projeto do GDF para reconstruir o viaduto da Galeria dos Estados, no Eixão Sul, que desabou em fevereiro deste ano. O órgão aponta que a proposta apresentada pelos engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) fere o tombamento de Brasília.

O GDF justificou: as alterações no desenho original dos pilares do viaduto no Eixão Sul levam em conta questões de segurança, economia e meio ambiente. Na proposta do governo, esses pilares se tornariam mais largos que os anteriores. 

O GDF alega que desde a construção da primeira estrutura, em 1950, as normas técnicas de segurança mudaram, além das novas condições de trânsito. “Veículos mais pesados, como os do BRT, não trafegavam por ali há até pouco tempo. Nossos engenheiros não se sentem seguros com essa solução que foi dada, há 50 anos”, explicou o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.

Outra justificativa apresentada por Sampaio, durante coletiva de imprensa nesta quarta (9), é de que o projeto ficaria mais caro caso a arquitetura original fosse mantida. Atualmente, a reforma está estimada em R$ 15 milhões, valor que seria aproximadamente R$ 12 milhões mais barato se a primeira estrutura fosse repetida.

Os prejuízos ao meio ambiente também foram levados em consideração: a demolição completa do viaduto, nos dois sentidos, geraria um volume muito elevado de materiais de construção a ser descartado.

Para solucionar o impasse com o Iphan, o governo aposta em um consenso. “Acreditamos que podemos, sim, preservar o nosso projeto. E vamos manter o diálogo para saber quais são as concessões necessárias para garantir uma arquitetura mais próxima da original. Mas, ao mesmo tempo, não abrir mão da segurança”, afirmou Sampaio.

Uma reunião entre o DER-DF e o Iphan está marcada para esta quinta (10). A intenção é resolver o impasse o mais rápido possível já que o governo pretende manter o cronograma de obras, prevista para ser concluída em setembro deste ano. Ainda em maio, três meses após a queda do viaduto, o GDF espera abrir o processo de licitação.

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