Audiências da 'máfia dos concursos' são adiadas por falta de escolta
Promotores, advogados e testemunhas estavam presentes; menos os acusados
As audiências do processo da ‘máfia dos concursos’ foram adiadas pela Justiça Federal do Distrito Federal por falta de escolta para levar os presos ao tribunal. A Secretaria de Segurança Pública justificou o ocorrido com a falta de efetivo para fazer o translado.
Na oitiva estavam presentes promotores, advogados e testemunhas. Mas os acusados – Rafael Rodrigues Matias, Hélio e Bruno Garcia Ortiz – não foram, já que falta de agentes penitenciários para a escolta até o Fórum de Águas Claras do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Uma nova audiência foi marcada para esta sexta (15).
Máfia dos Concursos
Em agosto deste ano, a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil do DF, deflagrou a Operação Panoptes que investiga fraude em concursos públicos no Distrito Federal. O esquema ocorria na capital há pelo menos cinco anos.
Nas investigações que se iniciaram com denúncias de irregularidade no concurso para o Corpo de Bombeiros do DF, a Deco apurou quatro tipos de fraudes: uso de ponto eletrônico, de identidade falsa, de aparelhos celulares, e participação da banca examinadora na fraude.
O grupo criminoso ainda oferecia um segundo serviço. Caso o interessado em comprar uma vaga não tivesse diploma de ensino superior, a quadrilha também providenciava um diploma falso. Os candidatos chegavam a pagar entre R$ 5 mil e R$ 20 mil antes da prova. Depois de aprovado no concurso, eram pagos mais 20 salários. A quadrilha ia atrás de interessados no esquema em cursinhos preparatórios e faculdades no Distrito Federal.