Atravessadores dos combustíveis apostam as fichas em decisão de Guardia
Eles querem aumentar impostos para anular conquista da venda direta de etanol aos postos

Distribuidores, que são os atravessadores do setor de combustíveis, depositam no ministro Eduardo Guardia (Fazenda) a esperança de aplicar um “golpe de mestre” contra a venda direta de etanol aos postos pelas usinas. Os distribuidores, que não produzem uma só gota de nada, fazem lobby para aumentar os impostos de quem produz, a fim de anular a principal vantagem da venda direta: a redução do preço do litro do etanol para o consumidor final. Guardia é simpático à ideia. A informação é do jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.
A venda direta de etanol aos postos foi recomendada pelo Conselho de Defesa Econômica (Cade) e definida pela Justiça Federal da 5ª Região.
Até a Agência Nacional do Petróleo (ANP), sempre “sensível” aos desejos de distribuidores, já admite venda direta de etanol aos postos.
A turma do paulista Guardia até já sabe de cor o que argumentar para aumentar impostos para produtores, como querem os distribuidores.
Em nota, o Ministério da fazenda cita “alerta” contra um “tratamento tributário diferenciado”, como sempre alegam os distribuidores.