Copa no Rio

Assembleia lança campanha de combate ao racismo

acessibilidade:

Às vésperas da Copa do Mundo, a campanha “Cartão Vermelho Contra o Racismo” foi lançada nesta semana pelo presidente da Comissão de Combate às Discriminações e ao Racismo, o deputado Carlos Minc, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

A expectativa é que, através das redes sociais, a campanha mobilize a população e seja um incentivo no combate ao racismo.

“Estamos a alguns dias da Copa, é um ótimo momento para combater o racismo. O futebol é um espetáculo que move multidões, e o racismo polui e estigmatiza o espetáculo, tira o brilho de uma competição que é de paz, de congraçamento dos povos e não pode virar o contrário disso e ser marcada pelo preconceito e a discriminação”, disse Minc em seu discurso na Alerj.

Vamos dar um cartão vermelho para o racismo!”, acrescentou.

Com a presença do defensor público do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Horta, participantes do ato sugeriram diversas ações para coibir o racismo nos estádios de futebol no país.

“A Defensoria Pública do Rio foi a primeira instituição a implantar o sistema de cotas no seu concurso de acesso e também a que efetivou esse combate ao racismo institucionalizado. Nós temos que garantir que os negros tenham o mesmo acesso que todos. Temos um núcleo para atuar contra as questões ligadas à desigualdade racial”, lembrou Horta.

Promovida a pedido da presidente Instituto Palmares de Direitos Humanos (IPDH), do Rio de Janeiro, Benedita Maria Vieira de Carvalho, a audiência visa articular iniciativas, com o apoio das torcidas organizadas, contra atitudes racistas e discriminatórias nos estádios de futebol.

“O racismo na nossa sociedade ainda é muito forte e está arraigado em nossa consciência. É algo de fundo mais emocional do que racional. As pessoas não acham correto o racismo, mas elas sentem. Elas afirmam não ser racistas, mas na primeira emoção, seja ela boa ou ruim, ele se manifesta. Então, temos que trabalhar de forma sistemática para que as pessoas mudem suas atitudes”, declarou Benedita. (EFE)

Reportar Erro