Tragédia em Capitólio

Após desabamento, turismo no Lago de Furnas será debatido nessa segunda

Reunião será entre os prefeitos da região e representantes da Defesa Civil, da Polícia Militar e da Marinha do Brasil

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Região passou por acidente trágico há 3 meses. Foto: CBMMG

O futuro do turismo no Lago de Furnas, e as medidas para reforçar a segurança são as pautas que serão debatidas na reunião marcada para ocorrer nessa segunda-feira (10), entre os prefeitos de Capitólio, Cristiano Silva e de São José da Barra, Paulo Sergio de Oliveira, além de representantes da Defesa Civil, da Polícia Militar e da Marinha do Brasil.

Durante a coletiva de imprensa na tarde desse sábado (9), o prefeito de Capitólio falou a respeito da lei municipal do ano de 2019, que disciplina o turismo aquático no cânion, entre as diretrizes, proíbe os banhos na área de circulação das lanchas e determina que apenas 40 embarcações podem permanecer por até 30 minutos na área do cânion, perto das cachoeiras. Silva também ressaltou que são as normas da Marinha do Brasil que estabelecem o ordenamento da orla do lago.

Entretanto, em relação a distância de segurança, ou seja, a distância mínima que as embarcações podem chegar perto dos paredões, Cristiano Silva admitiu que ainda não existe uma legislação que estabeleça esse limite. E alegou que, um perímetro mínimo de segurança só poderá ser definido após estudo técnico. O prefeito ressaltou que o desprendimento de um bloco tão grande é inédito na região.

“Meu pai vive aqui há 76 anos e nunca viu um desligamento de rocha desses. Acredito que, daqui para a frente, a gente precisa fazer uma análise. Aquelas falésias estão ali há milhares de anos. Essa formação rochosa de quartzito tem essas fendas e fissuras. Já foram feitos vários estudos geológicos. Se tinha algum risco, tinha de ser emitido por um órgão superior.”

Silva pediu aos jornalistas para tomarem cuidado com fake news, se referindo a uma foto tirada por um turista em 2012, e que está sendo amplamente divulgada nas redes sociais, com a imagem de um paredão que apresenta uma grande fissura.”Essa imagem não é do paredão que desabou. A rocha da foto, fica no trecho central do cânion e continua lá, do mesmo jeito.” O prefeito salientou que a fissura do paredão que desmoronou era menor que a da pedra mostrada na foto e por isso não era possível prever a sua queda.

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