Antirretrovirais

Anvisa aprova novo tratamento para HIV

Medicamento reúne dois antirretrovirais em uma única dose

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Remédio da Pfizer deve ser administrado nos primeiros cinco dias de sintomas. Foto: Heung Soon/ Pixabay

Há 40 anos a ciência vem travando uma batalha contra o HIV. Se hoje é possível ter uma vida plena convivendo com o vírus, no início dos anos 80 o cenário era outro. A médica infectologista Rosana Del Bianco acompanhou os primeiros casos registrados no Brasil, trabalhando no Emílio Ribas, em São Paulo. Um dos grandes problemas era ver quadros de adoecimento sem que houvesse sequer um exame para diagnóstico.

Os primeiros grandes resultados vieram nos anos 90 com recursos como o AZT, que estava em estudos para tratamento de leucemia, mas mostrou ter resultados em pessoas que conviviam com o HIV.

Mesmo ainda sem uma vacina contra o HIV existem hoje diferentes recursos da ciência para reduzir a chance de infecção como as profilaxias pós-exposição. O médico infectologista Carlos Brites, coordenador do núcleo de pesquisa em infectologia do hospital das clínicas trabalha em testes com um medicamento injetável cujo efeito poderia durar seis meses.

Nesta semana a Anvisa aprovou um novo tratamento contra o HIV que reúne em uma dose diária os antirretrovirais lamivudina e dolutegravir sódico, que não estavam disponíveis em um só comprimido. A expectativa é a de que a novidade simplifique o tratamento e a adesão dos pacientes. Segundo a Agência, o medicamento reduz a quantidade do vírus no organismo e, ao mesmo tempo, favorece o sistema imune ajudando a combater as infecções.(ABr)

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