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Alfredo e JHC disputam segundo turno acirrado para prefeito de Maceió

Diferença de apenas 1.181 votos eleva rivalidade entre ex-chefe do MP de Alagoas e deputado federal

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Alfredo Gaspar e JHC. Foto: Divulgação

Pontos extremos entre a situação e a oposição na capital alagoana, o ex-chefe do Ministério Público de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB), e o deputado federal João Henrique Caldas, o “JHC” (PSB), garantiram neste domingo (15) suas presenças numa duríssima batalha que travarão pelo cargo de prefeito de Maceió (AL), no 2º turno das eleições municipais, marcado para o próximo dai 29 de novembro.

A apuração total divulgada apenas na manhã desta segunda-feira (16) expôs uma diferença de apenas 1.181 votos entre os rivais desta reta final do pleito. Com 0,31 ponto percentual de vantagem, quem largou na frente com 110.234 votos (28,87%) é Alfredo Gaspar, que é apoiado pelo prefeito Rui Palmeira (Sem partido) e pelo governador Renan Filho (MDB).

Após renunciar a uma carreira exitosa no MP de Alagoas, o ex-procurador-geral de Justiça tenta conquistar o eleitorado com a proposta de manter os avanços da atual gestão, corrigindo problemas em parceria com o governo estadual. E também exalta sua experiência demonstrada no cargo de secretário de Segurança Pública de Alagoas, quando conseguiu tirar o estado do topo do ranking da violência no Brasil, no início do primeiro mandato de Renan Filho.

Com forte discurso de oposição e vindo de um recorde de votos nas eleições proporcionais de 2018, JHC recebeu 109.053 votos (28,56%).

O campeão de votos alagoano para a Câmara dos Deputados tem como vice o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), formando a dupla de ex-aliados do governo de Rui Palmeira, do qual JHC se tornou rival. Filho do ex-deputado federal João Caldas, o candidato do PSB prega o combate à corrupção, a mudança e a independência política para conquistar o mandato. Seu discurso é de enfrentamento à família do senador Renan Calheiros (MDB-AL), com aposta na juventude e na renovação política.

Quem ficou na terceira posição da disputa com 3,05 pontos percentuais de distância do segundo colocado foi o deputado estadual Davi Davino Filho (PP), apoiado pelo líder do Centrão na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Davi Filho teve 97.409 votos (25,51%). E seu apoio neste segundo turno pode influenciar o desempate entre Alfredo e JHC.

Baixo desempenho e decadência de recordista

Candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Josan Leite (PSL) ficou na quarta colocação, a uma distância de 19,24 pontos percentuais do terceiro colocado. Foram 23.925 votos (6,27%) dados pelos maceioenses para o candidato do Patriota.

A ex-reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) disputou o mandato de prefeita pelo PSOL, recebendo apenas 13.568 votos (3,55%).

Mas o desempenho mais pífio veio de quem carrega a marca histórica de 319.831 votos recebidos ao ser reeleito prefeito de Maceió em 2008 com 81,49% dos votos válidos. O ex-prefeito Cícero Almeida (DC) enfrentou mais um vexame em sua decadente carreira política. Na sexta colocação o “Ciço” que disputou e perdeu as eleições de 2016 pelo MDB do senador Renan Calheiros registrou 9.905 votos, pontuando 2,59% dos votos válidos.

O presidente do PT de Alagoas, Ricardo Barbosa, disputou o mandato de prefeito de Maceió e obteve 8.905 votos (2,33%).

Com a estreante sigla da Unidade Popular (UP), a jornalista Lenilda Luna teve 4.875 votos (1,28%); seguida por Cícero Filho (PCdoB), com 3.427 votos (0,90%), e pelo ex-prefeito Corintho Campelo (PMN), com 507 votos (0,13%).

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