Vereador é cassado após prisões por estelionato e clonagem de cartões, em Alagoas

A Câmara Municipal de Santa Luzia do Norte (AL) cassou na sessão de ontem (10) o vereador Roberval Francisco de Sales Neto (PV), por quebra de decoro parlamentar relativa às denúncias que o levaram a prisões por suspeita estelionato e de integrar uma quadrilha que clonava cartões de crédito na região metropolitana de Maceió.

Por sete votos a favor e dois contra o pedido de cassação, Roberval Sales deixará o mandato conquistado em 2016 com 113 votos, no município com cerca de 7 mil habitantes. Pelo mesmo motivo, o vereador cassado já havia sido deposto do cargo de vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, em 21 de novembro, após representação dos vereadores Antonio Carlos de Mendonça Bernardes Loureiro (PR), Werdley Thiago Silva Amaral, o Meio Kilo (PRTB) e Vandeval Ferreira de Lima, o Del Mecânico (PSL).

Roberval Sales foi preso em setembro de 2017, em sua residência, onde foram apreendidos diversos cartões de crédito e talões de cheques clonados, um caderno com anotações e um veículo Corolla, com placa clonada de uma caminhonete e queixa de roubo.

Libertado três meses depois, o vereador retomou as atividades, enquanto cumpria prisão em regime domiciliar. E chegou a se tornar vice-prefeito, em março deste ano, quando o prefeito do município, Edson Mateus, foi cassado pela Justiça Eleitoral, juntamente com seu vice, José Ailton Nascimento. Mas voltou a ser preso no mês seguinte, acusado de estelionato.

“Todo o processo foi feito de acordo com as leis federais, com a Lei Orgânica do município, Regimento Interno da Câmara e Código de Ética, e ao vereador foi dado amplo direito de defesa, mas o relator da Comissão de Ética entendeu que ele havia faltado com o decoro e recomendou a cassação, que foi aprovada pelo plenário”, explicou à Gazetaweb o suplente de vereador Davi Carvalho (PRB), que ocupará a titularidade da vaga do vereador cassado.

O vereador Roberval Sales usou a tribuna para se defender e disse que seus colegas de plenário estavam sendo induzidos ao erro e que seria vítima de perseguição política, porque não teria sido condenado nem havia sentença transitada em julgado. Assista ao pronunciamento e à reação dos demais vereadores: