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Tropas rejeitam divisão de reposição atrasada de 12%, até 2022, em Alagoas

Renan Filho quis dividir em quatro anos reposição devida há três

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O movimento unificado de policiais e bombeiros militares de Alagoas rejeitou ontem (7) outra tentativa frustrada do governo de Renan Filho (MDB) de dar fim à operação padrão que minou programas de policiamento voluntário como a Força Tarefa e o Ronda no Bairro, três anos após uma redução histórica da criminalidade no Estado. Em uma assembleia que reuniu cerca de 500 militares à porta do Palácio República dos Palmares, foi recusada por unanimidade a proposta de 12% de reposições salariais acumuladas desde 2015, que seria parcelada em quatro anos, de 2019 a 2022.

Pela primeira vez com a participação de três coronéis da polícia militar, a assembleia do movimento unificado sinalizou que a desmotivação deve seguir pautando as ações dos policiais e bombeiros, que exigem o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido durante o governo de Renan Filho, que deve 13,62% de reposição das perdas inflacionais. O Movimento Unificado de policiais e bombeiros militares já reuniu cerca de três mil manifestantes nas duas assembleias anteriores, e tem direito a 10,67% de reposição de perdas salariais com a inflação medida pelo IPCA, em 2015, mais 2,95% de 2017.

Os policiais e bombeiros defendem a implantação do percentual de 12% em uma só vez, em 2019, com o argumento de que já apresentaram ao governo um estudo que afasta a possibilidade de trazer danos ao equilíbrio fiscal do Estado. Segundo o movimento, a justificativa do governo não se sustenta. Mas, ainda assim, as associações militares propuseram parcelar o percentual em duas vezes, sendo 6% em 2019 e os outros 6% em 2020.

“O governo tem condições de implantar os 12% de uma só vez, em 2019. Não faz sentido prolongar esse aumento até 2022. Não vamos aceitar e nenhuma hipótese esse parcelamento em quatro anos”, assegurou o coronel José Cláudio Santos, que preside a Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal).

As associações militares receberam na última sexta-feira (4), do secretário de Segurança Pública, Coronel Paulo Domingos Lima Júnior, a proposta de 12% de reposição, sendo 5% a serem pagos em 2019; 5% em 2020; e os 2% restantes pagos em 2021 e 2022.

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