Potencial em risco

Vilela vê Rui e Rodrigo imbatíveis para 2022, em meio à crise tucana em Maceió

Ex-governador de Alagoas tenta contornar crise que deve levar à desfiliação do prefeito de Maceió

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Teotonio Vilela tenta vencer no diálogo a crise no PSDB entre senador Rodrigo Cunha e o prefeito de Maceió (AL) Rui Palmeira. Fotos: Divulgação e Ascom Semtur

O ex-governador de Alagoas e ex-presidente nacional do PSDB, Teotonio Vilela Filho, diz que o partido tem uma “dupla imbatível para 2022”, formada pelo prefeito de Maceió (AL) Rui Palmeira para governador e pelo presidente do partido em Alagoas, senador Rodrigo Cunha, para reeleição. Ambos vivem uma crise interna prestes a desfalcar o ninho tucano em Alagoas, com a desfiliação iminente do prefeito da capital alagoana.

O ex-governador é um dos líderes tucanos nacionais que tentam construir o entendimento entre as duas maiores lideranças do PSDB em Alagoas, em meio à sinalização de que o prefeito vai deixar o partido, se a sigla desrespeitar uma resolução e não tiver candidatura própria. Rui avalia convites do DEM e do PSL.

“Trabalho, torço e confio num entendimento político entre ambos, que entendo como fundamental para o futuro do PSDB. Jovens, já com larga folha de serviços prestados ao Estado, vidas limpas, bem avaliados pela população, juntos formam uma dupla imbatível para 2022. Vamos ver…”, disse Téo Vilela, ao Diário do Poder.

Rodrigo Cunha mantém tensionada a relação com o prefeito Rui Palmeira, por manter a perspectiva de apoio tucano à candidatura do deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB-AL).

O senador legitimou-se a presidir o PSDB de Alagoas, após bater o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL) nas urnas, com a maior votação em Alagoas.

O potencial enxergado por Téo Vilela tem relação com o fato de Rodrigo Cunha ter ampliado o mérito que Rui Palmeira teve em 2016, quando o prefeito reelegeu-se em 2º turno, com vantagem de mais de 20 pontos percentuais, contra o ex-prefeito e recordista de votos em Maceió, Cícero Almeida. No MDB, Ciço foi derrotado, apesar de apoiado pelo senador Renan e pelo governador Renan Filho.

O problema da aliança tucana com o PSDB é que JHC rivaliza com Rui Palmeira, em Maceió, desde 2016, quando transcendeu de aliado a inimigo dos tucanos.

Crise mais profunda

Em 2018, após Rui Palmeira desistir de disputar o governo de Alagoas contra a reeleição de Renan Filho (MDB), o senador Rodrigo Cunha firmou aliança com o deputado JHC e colocou sua mãe, Eudócia Caldas, como suplente em sua chapa tucana ao Senado.

O racha iniciado em 2018 levou o PSDB de Alagoas a apoiar o senador Fernando Collor (Pros-AL) para o governo estadual, sob protestos de Téo Vilela. Antes de desistir da disputa no meio da campanha, o ex-presidente teve como vice na chapa o presidente da Câmara de Maceió, Kelmann Vieira (PSDB). Rui chegou a participar de uma caminhada da campanha de Collor.

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