Reação tucana

Téo rejeita aliança com Collor, e Rodrigo Cunha nega ser ‘farinha do mesmo saco’

Ex-governador tucano e candidato do PSDB ao Senado resistem à aliança fruto de rendição ao PP

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Deputado Rodrigo Cunha e ex-governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho. Fotos: Divulgação Facebook

Depois de resistir à pressão do PP para desistir de sua candidatura a senador ou disputar o governo de Alagoas, o deputado estadual tucano Rodrigo Cunha confirmou neste domingo (5) que buscará uma das vagas no Senado. Assim como o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL), o parlamentar tucano reagiu contra a aliança do PSDB com o projeto do senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) de se tornar governador de Alagoas, contra a reeleição de Renan Filho (MDB).

Com discurso crítico contra escândalos na política alagoana, Rodrigo Cunha foi inserido como candidato ao Senado na chapa majoritária de Collor, na coligação que também tem o senador Benedito de Lira (PP-AL) como candidato à reeleição. Mas declarou não ser “farinha do mesmo saco”, ao reagir às criticas, após o PSDB decidir render-se à conveniência eleitoral de garantir uma aliança proporcional viável e um palanque competitivo no Estado.

“Tentaram me tirar da disputa numa jogada política superada. Mas a força que pede o novo é muito mais forte. Vamos mostrar a Alagoas que não seremos mais reféns da história e construiremos um novo momento para nosso povo. Infelizmente, nosso atrasado sistema político gera muitas confusões na mente dos eleitores, como se fôssemos todos farinha do mesmo saco. Mas tenho a plena convicção que dentro das regras do processo eleitoral ninguém roubará a minha coragem de fazer diferente e a chama do caminhar com independência ao lado dos alagoanos”, declarou Rodrigo Cunha, no Facebook.

O deputado tucano é a maior ameaça às reeleições dos senadores Benedito de Lira (PP-AL) e Renan Calheiros (MDB-AL), neste pleito.

O ex-governador Téo Vilela também levou às redes sociais suas ressalvas a respeito da aliança que o PP Nacional colocou à mesa de negociação como uma condição para apoiar a candidatura presidencial do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Mas disse entender a decisão do prefeito de Maceió (AL) e presidente do PSDB de Alagoas, Rui Palmeira, que aturou, além da aliança, a inclusão do presidente da Câmara Municipal, Kelmann Vieira (PSDB), como vice de Collor.

“Desde o primeiro instante, manifestei minha posição contrária a aliança do PSDB com o PTC de Collor, sobretudo pela forma impositiva como ela ocorreu. Os meus correligionários sabem que não voto em Collor em nenhuma hipótese. Entendo, também, que o presidente Rui Palmeira, líder do nosso partido, não poderia deixar de atender à necessidade de uma coligação eleitoral viável para os nossos candidatos à Assembleia Legislativa. Continuarei trabalhando firme para elegermos as nossas candidaturas na eleição deste ano, as proporcionais, a de Rodrigo Cunha ao Senado e a de Geraldo Alckmin à presidência do Brasil”, publicou Teotonio Vilela, em sua rede social.

O senador Fernando Collor ocupou o vácuo da oposição tucana à família Calheiros, após o prefeito Rui Palmeira decidir não renunciar ao mandato e não conseguir convencer Rodrigo Cunha ou outro nome competitivo a disputar a eleição contra Renan Filho.

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