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Servidores de Maceió decidem parar por 48h, em busca de aumento

Prefeitura fará proposta dia 4 e garante R$ 25 milhões do PCC

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Servidores municipais de Maceió (AL) decidiram nesta segunda-feira (21) paralisar as atividades por 48 horas, nos dias 28 e 29 de maio. A decisão foi tomada em assembleia realizada no Clube Fênix, no bairro de Jaraguá, de onde o grupo partiu em caminhada até a Secretaria Municipal de Economia. E a Prefeitura de Maceió alega perdas de R$ 80 milhões no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), como dificuldade para atender à demanda dos servidores.

Uma nova assembleia das categorias que cobram mais de 15% de reposição das perdas da inflação acumuladas desde 2015 foi agendada para o dia 5 de junho com indicativo de greve por tempo indeterminado, medida que vai depender da apresentação de uma proposta pelo prefeito Rui Palmeira (PSDB), segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maceió (Sindspref), Sidney Lopes.

A Secretaria Municipal de Gestão (Semge) publicou nota em que afirma que mantém o diálogo e monitora a capacidade financeira, após o corte de R$ 80 milhões no FPM. E destacou que prioriza a pontualidade do pagamento da folha. Ainda assim, informou que o Município fará o pagamento de progressões salariais do Plano de Cargos e Carreira (PCC) represadas, no valor de R$ 25 milhões.

SE PARAR, NÃO NEGOCIA

Na semana passada, Rui Palmeira disse que trabalha para tentar autorizar uma reposição salarial em 4 de junho, quando a proposta do município será apresentada. Mas disse que não negociaria, se as categorias entrassem em greve.

“Temos feito contas para saber se é possível e se cabe um reajuste ainda esse ano. O Município perdeu algo em torno de R$ 60 a 80 milhões de repasses e isso pesa muito. Mas, não descartamos o reajuste e estamos trabalhando e fazendo contas. Se houver greve a gente não negocia. Se tem uma reunião marcada para o dia 4 e resolverem entrar em greve, a prefeitura suspende a negociação”, disse o prefeito tucano.

Sidney Lopes disse que a categoria ignora que as negociações estejam abertas, porque o Município não apresenta propostas para a data base dos servidores,que e acordo com o Sindspref foi em janeiro.

“A mesa de negociação nos fez uma proposta de 0% de reajuste. Infelizmente, o prefeito não quer negociar. E a gente, sim. Usamos o bom senso e decidimos alertar para uma paralisação marcada para a semana que vem. Na assembleia do dia 5, vamos avaliar o que a prefeitura vai nos oferecer, se é que vai”, disse o presidente do Sindspref, à Gazetaweb.

Leia a nota da Semge:

A Secretaria Municipal de Gestão (Semge) informa que mantém o diálogo com todas as categorias de servidores para discutir os números do Município, que registrou o corte de R$ 80 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Diante das dificuldades, a gestão segue monitorando a capacidade financeira do Município para avaliar a viabilidade de conceder reajuste, priorizando a pontualidade do pagamento da folha dos servidores. Em reunião com  representantes das categorias, a Semge informou que o Município fará o pagamento de progressões que estão represadas, no valor de R$ 25 milhões, e aguarda o posicionamento da categoria.

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