Sem adversários, Renan Filho é reeleito para o governo de Alagoas com 77%
Governador é reeleito com recorde de votos após cumprir 5% das promessas de 2014
Com um discurso que promete desenvolver o Estado que mantém os piores indicadores entre os estados brasileiros, o governador Renan Filho (MDB) foi reeleito com o recorde de quase mais de 1 milhão de votos, o equivalente a mais de 77,3% dos votos válidos, neste domingo (7),
O candidato do PSL de Jair Bolsonaro, Josan Leite, ficou na segunda colocação com 11,06% dos votos, seguido de Pinto de Luna (PROS) com 7,31%, Basile (PSOL) com 4,34%. Os votos de Melquezedeque Farias (PCO) não foram computados, porque sua candidatura teve registro negado.
A vitória não é a maior da história política de Alagoas, em termos proporcionais. Em 1994, Divaldo Suruagy foi eleito governador com 79,39% dos votos, pelo PMDB, mais de dois pontos percentuais acima da votação alcançada por Renan Filho.
A ampla vantagem sobre os demais candidatos foi garantida por feitos como a retirada de Alagoas do topo do ranking da violência do Brasil, pela renegociação da dívida que ampliou o equilíbrio fiscal do Estado e também pela desistência do senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), em 14 de setembro.
Em agosto, com duas semanas de disputa, Collor chegou a pontuar 22% contra 46% do herdeiro político de Renan Calheiros (MDB-AL), na pesquisa Ibope.
A última pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira (5), previa um percentual de votos de 83%, ampliada pela baixa adesão do eleitor às campanhas dos demais candidatos, que não contou com a mesma estrutura da candidatura do emedebista.
Segundo dados do site Monitora Alagoas, criado pelo deputado estadual e senador eleito Rodrigo Cunha (PSDB), Renan Filho tem 39% das promessas de seu primeiro plano de governo não iniciadas, 45% em andamento e apenas 5% cumpridas.
O maior exemplo dos compromissos não cumpridos é a existência de cinco hospitais que não concluíram suas obras e não devem funcionar plenamente neste ano eleitoral. Para nenhum deles foi feito concurso público e a administração deve ser entregue às Organizações Sociais de Interesse Público (OSs)