Polícia monitorava

Policial alagoano é preso intermediando venda de bazuca, em Pernambuco

Condenado por homicídio se aproximou do Cabo Gedalias para comprar arma a colecionador

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Bazuca apreendida com policial militar alagoano Gedalias Miguel em PE. Foto: PCPE

A Polícia Civil de Pernambuco interceptou ontem (6) a venda de uma bazuca a um homem condenado a 12 anos por  homicídio. O flagrante da negociação em Jaboatão dos Guararapes (PE) resultou na prisão do policial militar alagoano Gedalias Miguel da Silva, citado pelo interessado pela arma, Charles Francisco Dantas Júnior, como intermediador da negociação com o colecionador André Filipe Cardoso Lemos Santiago, que venderia a arma.

O flagrante foi resultado do monitoramento de policiais civis pernambucanos que investigavam crimes patrimoniais, sob a coordenação do delegado Newson Motta, que detectaram que a venda da arma ocorreria no pátio do posto Pichilau, às margens da BR-101.

O cabo Gedalias é armeiro do 6º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas, localizado em Maragogi (AL), na divisa com o Estado de Pernambuco. Atualmente o policial estava no Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e tirou seu último dia de serviço, no sábado (4).

A polícia pernambucana afirma que os interessados na bazuca cometeriam crimes patrimoniais com o armamento, mas Charles Francisco afirmou em depoimento que se aproximou do policial alagoano em uma estratégia para ter acesso a pessoas influentes e conseguir repassar armas a um criminoso identificado como “Caruaru”, sem levantar suspeitas.

Charles disse ainda que estava em liberdade condicional há três anos. E foi preso com o PM Gedalias antes de concluir a negociação, após o pneu do carro em que estavam furar, no trajeto até o posto.

Em nota assinada pelo delegado Newson Motta, a Polícia Civil de Pernambuco informa que as investigações apuraram que Charles já havia vendido uma sub-metralhadora no município de Ipojuca, também para a prática de crimes patrimoniais.

Além da bazuca, também foram apreendidas uma pistola modelo PT 100, do patrimônio da Polícia Militar de Alagoas, um revólver calibre 357 e 90 projetis intactos calibre 38.

A PM de Alagoas ainda não se pronunciou sobre o caso. E o Diário do Poder não conseguiu contato com os acusados ou sua defesa.

 

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