Polícia não começou a apurar assalto a secretário de Ministério da Segurança

Assaltado por uma dupla armada em Alagoas, na última sexta-feira (22), o secretário-executivo do Ministério Extraordinário de Segurança Pública, Flávio Augusto Correa Basílio, está tendo mais uma prova da ineficiência do Estado diante da criminalidade. É que o delegado da Polícia Civil alagoana, José Sales, começará a apurar o crime somente nesta terça-feira (26), quatro dias depois da ocorrência, na Barra de São Miguel (AL).

Assim como acontece com vítimas da violência em Alagoas e no Brasil, o auxiliar do ministro Raul Jungmann teve que esperar dias para que a polícia inicie os procedimentos básicos feitos de uma investigação.

De férias no paradisíaco balneário do Litoral Sul de Alagoas, a própria vítima será ouvida com testemunhas do assalto ocorrido em um trecho da rodovia AL-101 Sul, que dá acesso à Barra de São Miguel, próximo a um posto de combustível.

“A investigação começa amanhã. Os casos mais comuns aqui são de assaltos a residências que ficam fechadas”, declarou com naturalidade o delegado José Sales, quando entrevistado pelo portal Gazetaweb.

Flávio Basílio passou características dos criminosos a policiais da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar, que chegou a fazer rondas, sem sucesso, no entorno do local do crime.

Apesar de o delegado da Barra afirmar claramente que a investigação não havia iniciado, a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Alagoas informou ao Diário do Poder, após a publicação desta matéria, que a apuração do fato teve início no sábado (23), quando o delegado-geral Paulo Cerqueira designou o delegado Fábio Costa, coordenador da Deic, para iniciar a investigação.

“É que ele não tinha conhecimento da Deic no caso”, explicou a assessoria, se referindo à declaração do delegado José Sales sobre o caso.