Operação Canapi

PF combate desvio de R$ 7 milhões em quatro dias, no Sertão de Alagoas

Operação Canapi tenta resgatar bens e debelar crimes em Alagoas

acessibilidade:

A Polícia Federal em Alagoas deflagrou na manhã de hoje (10) uma operação policial com o objetivo de debelar uma organização criminosa que desviou R$ 7 milhões em quatro dias, em recursos do antigo Fundef destinados ao ensino público do pobre município sertanejo de Canapi, à época em que Genaldo Soares Vieira, o “Vieira do Povão” (PTdoB), assumiu a prefeitura.

A ação denominada de Operação Canapi é mais um desdobramento da operação Triângulo das Bermudas, que prendeu há um ano o ex-prefeito Celso Luiz Tenório Brandão (MDB), acusado de liderar a organização criminosa e libertado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), há menos de um mês.

Estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Canapi, Delmiro Gouveia, Tanque D’Arca, Marechal Deodoro e Maceió.  São 11 mandados de busca e apreensão, 3 ordens de sequestro, com apreensões de veículos que teriam sido adquiridos com o dinheiro desviado de Canapi, além de notificar os investigados para que recolham fianças que variam de R$ 10.000,00 a R$ 100.000,00.

Segundo a PF, em apenas quatro dias, de 26 a 29 de dezembro de 2016, foram gastos por Genaldo Vieira cerca de R$ 7 milhões, justamente o restante do precatório do FUNDEF que Celso Luiz não desviou de Canapi.

‘Do povão’

Ex-vice-prefeito no mandato de Celso Luiz, Genaldo Soares Vieira, chegou a ser alvo da Operação Deusa da Espada, em maio de 2017, juntamente com o ex-secretário municipal de Finanças Carlos Alberto dos Anjos Silva e o ex-secretário municipal de Assuntos Estratégicos Jorge Valença Neves Neto. Mas, depois de se entregar, Genaldo foi solto pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), e o Ministério Público Federal (MPF) reconheceu não haver provas suficientes para condená-lo e pediu sua absolvição daquele processo criminal.

As fraudes agora apuradas envolvem o Genaldo Vieira, seu ex-advogado, o ex-secretário municipal de finanças e empresários.

As empresas investigadas são a Sonibrás, Cláudia Soares Pedrosa, LTDA, JL de Macedo Neto LTDA e a KAP Locações e Serviços.

Nesse inquérito policial são investigadas fraudes na prestação de serviços de limpeza de fossas, reparo de telhados, aquisição de alimentos, fornecimento de cestas básicas, transporte escolar e recuperação de estradas vicinais.

Uma coletiva de imprensa foi marcada para 10h, na sede da PF em Alagoas, localizada no bairro de Jaraguá, em Maceió (AL). (Com informações da Comunicação Social da PF em Alagoas).

Reportar Erro