Decisão técnica

Governadores do NE querem aval de entidades de saúde e dos MPs para rever quarentena

Informação foi revelada pelo governo de Alagoas, após dirigente revelar detalhes de acordo

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Foto: Mauricio Bazilio/SES RJ

Para poder reavaliar a quarentena preventiva contra a proliferação do novo coronavírus (Covid-19) em seus estados, os governadores nordestinos vão solicitar pronunciamento oficial do Conselho Federal de Medicina, Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde e da Sociedade Brasileira de Infectologia, além do acompanhamento e orientação do Ministério Público Federal e do Ministério Público dos Estados.

A informação foi confirmada por nota publicada neste sábado (28) pela pasta da Comunicação do governo de Alagoas, um dia após o presidente da Associação Comercial de Alagoas, Kennedy Calheiros, revelar que o governador Renan Filho (MDB) fechou acordo com entidades empresariais alagoanas para rever seu decreto que fechou empresas no estado.

Segundo a nota, todas as medidas previstas no decreto emergencial continuam em vigor em Alagoas até esta segunda-feira (30). E as precauções com base no isolamento social para evitar aglomerações e reduzir a circulação de pessoas seguem a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e autoridades médicas.

“A definição de novas medidas será alinhada com o Consórcio Nordeste, que defende a ciência como norteadora de ações preventivas e protetivas”, diz um trecho da nota do governo de Alagoas.

Acordo em Alagoas

Em áudio enviado para dirigentes empresariais, o presidente da Associação Comercial de Alagoas, Kennedy Calheiros, detalhou um acordo firmado na noite de ontem (27) com Renan Filho, em negociação que se estendeu durante todo o dia com as federações da indústria e do comércio e entidades dos setores de serviços, bares e restaurantes do estado. Segundo o empresário, o acordo está sendo negociado com todos os governadores do Nordeste.

“Foi fechado um acordo, agora com o governador, de que todas as indústrias voltam agora, dia 30 ou dia 1º. Bares e restaurantes, além do delivery, eles vão poder fazer até o dia 6 o ‘pegue e leve’: sem ninguém na porta, você poderá encomendar e pegar, para não fazer aglomeração. E o setor de serviços como um todo, vai começar a voltar ao normal. Está se abrindo [lojas de] material de construção a partir do dia 31 ou 1º, de 9h às 16h. Em sequência, tudo correndo certo, no máximo no dia 7, o comércio também voltará no horário de 9h às 16h, podendo ser antecipado conforme os números que a Secretaria de Saúde e também do Ministério da Saúde venham divulgando a nível nacional”, relatou Kennedy Calheiros, ao pedir calma aos empresários.

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