Alega inocência

Defesa de médico acusado de violar pacientes em Alagoas pedirá habeas corpus

Advogado diz que estuda fatos relacionado aos abusos sexuais denunciados ao MP

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Médico Adriano Pedrosa acusado de abusar mulheres em posto de saúde. Foto: Divulgação/Facebook

Advogados que atuam na defesa de Adriano Antônio da Silva Pedrosa detalharam na tarde desta quarta-feira (3), durante entrevista à imprensa, a situação do médico, preso sob acusação de praticar crime de violação sexual mediante fraude de algumas de suas pacientes pobres de uma comunidade de Passo de Camaragibe.

De acordo com o advogado Raimundo Palmeira, o caso segue em segredo de justiça e as supostas vítimas ainda não oficializaram denúncia no Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal).  Ele também disse que ainda não foi pedido o relaxamento da prisão do médico. A reportagem é de Greyce Bernardino e Regina Carvalho, do site Gazetaweb.

“Ainda não foi feito pedido porque estamos estudando os fatos. Vamos entrar com um habeas corpus até amanhã”, projetou Palmeira.

À imprensa, Raimundo destacou que o médico Adriano nega o crime. “Nosso cliente se diz inocente. Ele também assegurou que não lembra das vítimas devido a grande quantidade de pacientes que atende diariamente. Sabe-se que alguns procedimentos médicos exigem o contato do médico com o paciente”, explica.

Adriano Antônio atua como médico há duas décadas, sendo grande parte desse período no município de Passo de Camaragibe, no Litoral Norte de Alagoas. Após a prisão, na última sexta-feira (29), o Cremal anunciou a instauração de sindicância. Se houver indício de infração, a entidade abre processo contra o profissional que será julgado e decidida punição, que pode ir de uma advertência à cassação.

“Ele está lá (cela especial) não por privilégio e, sim, devido a uma prerrogativa devido a profissão. Nosso cliente tem vinte anos de profissão e há 15 atende em Passo de Camaragibe. É bom frisar também que, nesses anos, Adriano nunca respondeu a nenhum processo administrativo”, destacou a advogada Sandra Gomes.

O médico foi autuado na Delegacia Regional de Matriz do Camaragibe e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Segundo informação do Ministério Público Estadual (MP/AL), Adriano Antônio molestava as pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais. A má conduta do médico teria sido relatada por três mulheres que o denunciaram. (Gazetaweb)

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