53 segundos na TV

Chapa ‘pura’ renderia guia eleitoral nanico para rival de Renan

Negação à 'velha política' traria menos de 1/3 do guia do MDB

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Sozinho, Cunha vira nanico (Foto: ALE)

A falta de interesse do deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB-AL) em construir uma aliança partidária ampla e irrestrita, inevitavelmente acolhendo apoio de lideranças da política tradicional e partidos envolvidos em escândalos, pode limitar consideravelmente a perspectiva de tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio, para sua eventual candidatura a governador de Alagoas. Em um cenário de candidatura sem aliados, por exemplo, o tucano teria apenas 53 segundos para se apresentar ao eleitor e expor suas propostas.

A situação preocupa entusiastas da candidatura que seria a mais competitiva contra a reeleição do governador Renan Filho (MDB), porque, apesar de seu sucesso nas redes sociais e do zelo pelo discurso de intolerância com a velha política e escândalos, o tempo da propaganda eleitoral gratuita ainda é considerado fundamental para levar o nome de Rodrigo Cunha às casas dos eleitores mais pobres e vulneráveis aos fantasiosos guias eleitorais.

Se Rodrigo Cunha decidir manter alianças com partidos que ficaram órfãos da candidatura abortada do prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB), pode ampliar de 53 segundos para pelo menos 2 minutos e 4 segundos o seu tempo de exposição nas emissoras de TV e rádio. Isso somado apenas os tempos obtidos pelos partidos PSDB (53 segundos), PP (38 segundos), DEM (22 segundos) e PROS (11 segundos).

Se somada à possibilidade de atração de outras siglas ainda sem compromisso firmado com Renan Filho, o tempo de propaganda de Rodrigo Cunha pode chegar a até três minutos, numa previsão mais otimista.

Porém, mesmo se admitir abrigar partidos tradicionais e outros nanicos em sua chapa, o tempo do guia do tucano estaria no limite inferior da estimativa da chapa que o governador está formando. Somente com PT, MDB, PR e PDT, a chapa de reeleição de Renan já soma mais de três minutos.

Enfim, o deputado Rodrigo Cunha tem muito a perder, se não confiar na compreensão do eleitor de que escândalos que maculam a história de qualquer um de seus apoiadores não serão agregados à sua trajetória de parlamentar alheio a escândalos e sua postura de combate a injustiças e ilegalidades em Alagoas.

Se decidir seguir sozinho, contra Renan Filho no governo, ou contra Renan Calheiros no Senado, Rodrigo Cunha vai apostar na falta de visibilidade de uma campanha com potencial de virar o curso da história, no momento atual e decisivo do Estado de Alagoas, onde a ousadia pode ser capaz de atrair bons propósitos.

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