Crise em pauta

Alagoas faltou a encontro em que Bolsonaro pediu apoio de governadores a reformas

Luciano Barbosa, que substitui Renan Filho, disse que encontrará presidente eleito no dia 21

acessibilidade:

Mesmo com o Estado de Alagoas já buscando empréstimo internacional e listado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) entre os 14 estados no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governador em exercício de Alagoas, Luciano Barbosa (MDB), faltou ao encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que discutiu saídas para a crise na manhã de hoje (14), no Fórum de Governadores Eleitos e Reeleitos, em Brasília (DF).

Na reunião com 20 eleitos para os próximos quatro anos de mandato, o presidente pediu apoio político dos governadores para aprovar medidas “um pouco amargas” no Congresso Nacional, para melhorar a situação fiscal nos estados.

“Queremos ajudar todo mundo, mas não podemos prejudicar o Brasil. Não tem governador que não tenha deputado e senador no seu time. E precisamos de votos para mudar essas questões no Brasil”, disse o presidente eleito, em entrevista à Rede Record.

Luciano Barbosa justificou não ter participado do encontro porque terá que estar em Marechal Deodoro (AL) para realizar a transferência da capital de Alagoas para o município que foi a 1ª capital do estado e berço do proclamador da República. O vice de Renan Filho (MDB), que está de férias, lembrou que tem reunião marcada com o presidente Bolsonaro para o dia 21. E defendeu a saúde fiscal do estado que tem dívida pública bilionária renegociada.

“Do ponto de vista fiscal, Alagoas é considerado como estando com um bom resultado, tanto que a classificação de risco para Alagoas é B. Isso dá a Alagoas abertura de crédito no setor financeiro. Só um estado da Federação possui nota A, o estado do Espírito Santo. Teremos uma reunião em Brasília marcada para o dia 21, quando ainda estarei à frente do governo”, disse Luciano Barbosa, ao Diário do Poder.

A STN lista Alagoas entre as 14 unidades da Federação no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os estados com as piores situações são Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. E os demais estados com problemas são Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Sergipe, Acre, Paraíba, Roraima, Paraná, Bahia e Santa Catarina.

Bolsonaro ressaltou que foi ao encontro em consideração aos governadores, porque só ficou sabendo da agenda recentemente. Somente um dos nove governadores nordestinos foi à reunião, o petista Wellington Dias, do Piauí, estado que assim como Alagoas possui indicadores sociais e econômicos entre os piores do Brasil.

Reportar Erro