Pior da série histórica

Alagoas tem pior outubro desde 2004, na geração de empregos

Resultado é o pior da série histórica do Caged, mesmo com aumento de 0,65% das vagas

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Impulsionado pelas contratações do setor canavieiro, o estado de Alagoas criou 2.290 vagas com carteira assinada em outubro, um aumento de 0,65% em relação ao mês anterior. Mas, apesar do saldo positivo, o volume de vagas criadas em outubro é o pior para o mês desde 2004, quando foi criada a série histórica do Caged. Em doze meses, Alagoas registra o fechamento de 1.445 postos com carteira assinada, uma retração de 0,41%.

Até então, a menor geração de postos formais de trabalho no mês tinha sido registrada no ano passado, quando foram criadas 3.378 vagas. O recorde na abertura de postos com carteira assinada em outubro aconteceu em 2017, com a criação de 16.393. As informações estão na reportagem de capa da Gazeta de Alagoas desta sexta-feira (22), assinada pelo jornalista Carlos Nealdo.

O volume de postos formais de trabalho de outubro é a diferença entre as 9.884 contratações e os 7.594 desligamentos no mês. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira, 21, pelo Ministério da Economia.

Em outubro, a indústria de transformação – que inclui as usinas de cana de açúcar – criaram 1.254 postos formais de trabalho, uma alta de 1,89% em relação ao mês anterior. Também influenciaram para o saldo positivo alagoano o setor de serviços, que abriu 522 vagas, comércio (384 postos) e agropecuária (341).

Na outra ponta, o setor de construção civil registrou resultado negativo, com a extinção de 110 vagas, uma retração de 0,50% ante setembro. O setor de serviços industriais e utilidade pública aparece em segundo lugar, com o fechamento de 102 vagas com carteira assinada. De acordo com os dados do Caged, a alta de emprego em Alagoas foi puxada pela criação de 636 postos formais em Maceió. Em seguida aparecem os municípios de São Miguel dos Campos, que abriu 415 vagas com carteira assinada, Rio Largo (305) e Campo Alegre (210).

Com o resultado de outubro, Alagoas registra a criação de 151 vagas formais de trabalho no acumulado do ano, volume que se manteve estável em relação ao mesmo período do ano passado.

Nacionalmente, foram criados 70.852 postos formais de trabalho – o melhor nível de abertura de postos de trabalho para outubro desde 2016, quando as admissões superaram as dispensas em 76.599. Segundo os dados do Caged, 23 estados geraram empregos no mês passado. As maiores variações positivas ocorreram em Minas Gerais com a abertura de 12.282 postos, São Paulo (11.727 postos), Santa Catarina (11.579) e Rio Grande do Sul (8.319).

Já as unidades da federação que fecharam mais vagas foram Rio de Janeiro, com a extinção de 9.942 postos, Distrito Federal (1.365), Bahia (589) e Acre (367). O resultado é melhor do que o registrado em outubro do ano passado, quando foram criadas 57,7 mil vagas formais, mas não supera as do mesmo mês de 2017, que teve 76,6 mil novos postos.

Segundo os dados do governo federal, o setor de comércio foi responsável pela criação de 43,9 mil novos postos, 62% do total. O saldo também foi positivo no setor de serviços (19,1 mil), na indústria de transformação (8,9 mil), na construção civil (7,3 mil) e na indústria extrativa mineral (344). Por outro lado, foram fechadas vagas na agropecuária (-7,8 mil) e na administração pública (-427). As informações são da Folhapress.

Os dados do Caged mostram que outubro foi o mês com o menor número de desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado deste ano. Foram 17.697 nesta modalidade, envolvendo 12.730 estabelecimentos. Entre os setores econômicos, os desligamentos ocorreram principalmente em Serviços (8.894 desligamentos), Comércio (4.203) e Indústria de Transformação (2.815).

Na modalidade de trabalho intermitente, foram 14.254 admissões e 8.167 desligamentos, resultando num saldo de 6.087 empregos. A maioria deles – 2.129 – no setor de Serviços. No comércio foram 2.045 e na Indústria de Transformação, 1.267. (Com informações da Gazeta de Alagoas)

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