"macaca"

Advogado Frederick Wassef é denunciado por injúria racial em Brasília

Ele negou o ocorrido e disse ser "vítima de denunciação caluniosa"

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Os aparelhos foram apreendidos em São Paulo na última quarta-feira (16). Foto: Sergio Lima/AFP.

O advogado Frederick Wassef foi alvo de uma queixa prestada na noite desta quarta-feira (11), em Brasília. A funcionária de uma pizzaria da capital buscou atendimento na 1ª Delegacia de Polícia para registrar uma denúncia de injúria racial cometida pelo advogado.

Segundo a Polícia Civil, o caso ocorreu no último domingo (8), quando a atendente foi chamada de “macaca” por Wassef, quando se dirigiu à equipe para reclamar sobre a qualidade do produto. A mulher não teve a identidade revelada e a denúncia foi revelada pela revista Veja.

Wassef informou por meio de nota que “tudo que foi dito pela funcionária são mentiras e calúnias”, negando as ofensas.

Alegando ser “vítima de uma farsa e armação montada”, Wassef disse que não chamou a mulher de macaca. “A funcionária não é negra e mentiu, afirmando que eu a chamei de negra e por isso não queria ser atendido por ela”.

Em denúncia, a atendente afirmou que Wassef é cliente rotineiro do estabelecimento e é conhecido como “uma pessoa arrogante e que destrata e ofende os funcionários”. Novos interrogatórios devem ser feitos a partir de hoje (12) pela Polícia Civil.

Confira a íntegra da nota de Frederick Wassef:

“Tudo que foi dito pela funcionária do Pizza Hut são mentiras e calúnias contra minha pessoa. Sou vítima de uma farsa e armação montada. Sou vítima de denunciação caluniosa que foi organizada sob orientação de terceiros, visando futura ação indenizatória para ganhar dinheiro através desta fraude arquitetada.

Não chamei ninguém de macaco. A funcionária não é negra e mentiu, afirmando que eu a chamei de negra e por isso não queria ser atendido por ela. Foi fazer um boletim de ocorrência três dias após o fato narrado, levou fotógrafo para tirar sua foto na delegacia fazendo o B.O [boletim de ocorrência] e divulgou para a imprensa imediatamente.

Existem seguranças na porta do Pizza Hut, a poucos metros ao lado da pizzaria, que ali ficam permanentemente para fazer o protocolo da Covid 19, na entrada do shopping. Se fosse verdade o que a funcionária afirmou falsamente, teriam me prendido em flagrante e filmado com celulares. Outra mentira é que outros funcionários teriam testemunhado o narrado por ela. Ela estava sozinha no caixa e ninguém estava perto. Apenas parei no caixa para pagar a conta e fui embora. Vou comunicar a polícia deste crime de denunciação caluniosa do qual fui vítima.”

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