Advogado cobra da OAB assistência para presidiários
Para advogado AOB está sendo omissa com os detentos
A falta de estrutura jurídica, psicológica e de ações de ressocialização dos egressos do regime semiaberto e do sistema carcerário do Distrito Federal, chamou a atenção do Movimento Muda OAB-DF. Para o advogado Délio Lins e Siva Júnior, líder do movimento, a OAB-DF está sendo omissa, pois não tem dado a devida assistência aos detentos do Distrito Federal, seja jurídica ou de reinserção no mercado de trabalho.
Na manhã de hoje (16), integrantes do movimento estiveram na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, no Gama, para doar 700 kits de higiene pessoal e piso emborrachado para o novo berçário recém-construído. “Nossa intenção foi contribuir para a melhoria das condições das detentas”, afirma Délio Lins e Silva Júnior.
Segundo o advogado, que é pré-candidato à presidência da OAB-DF, o movimento se sensibilizou com as condições dos presidiários e das cadeias do Distrito Federal durante as palestras e discursos proferidos nas comemorações dos 28 anos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), realizadas no dia 8 de setembro. “Recebemos várias críticas com relação à omissão da OAB-DF. Ao contrário da atual gestão da Ordem, somos a favor de criar uma parceria estreita entre a Fundação de Assistência Judiciária da OAB-DF (FAJ) e a Secretaria de Justiça para disponibilizar assistência mais ampla aos presidiários”, ressalta Lins e Silva Júnior.
Além disso, o jurista, que é criminalista, defende que a OAB-DF faça um convênio com a Secretaria de Justiça do DF para promover a reinserção dos ex-presidiários no mercado de trabalho. “A OAB-DF deveria destinar um percentual de vagas no seu quadro de pessoal aos ex-presidiários, assim como fazer um trabalho de divulgação nesse sentido junto aos escritórios de advocacia”, defende Délio Lins e Silva Júnior, apontando que a Funap fez essa solicitação à OAB-DF, mas não foi atendida.