Perspectiva de adiamento

ACM Neto diz que não autorizará carnaval em Salvador, se não houver vacina até novembro

Prefeito prevê a possibilidade de reunir prefeitos e sugerir adiamento em calendário unificado

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Prefeito de Salvador ACM Neto em coletiva de imprensa. Foto: Reprodução Facebook

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), condicionou a realização do carnaval de 2021 na capital baiana à existência de um plano de imunização coletiva contra a covid-19, até o mês de novembro. Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (13), o prefeito soteropolitano confirmou a possibilidade de adiar a festa carnavalesca, por causa dos riscos da pandemia com a concentração de quase três milhões de pessoas nas ruas de Salvador, nos dias da festa.

“Não é uma decisão que tem que ser tomada hoje. Ora, se não houver uma vacina, ou se não houver clareza em relação à imunidade coletiva, até novembro, então pode ser que a prefeitura não tenha elementos de segurança para manter o carnaval, no começo de fevereiro. Caso cheguemos ao mês de novembro, sem segurança plena para realizar o carnaval em fevereiro, é claro que ninguém vai autorizar que a festa aconteça. Eu não autorizarei”, disse ACM Neto.

Ao afirmar que o carnaval só ocorrerá em ambiente de completa segurança, o prefeito sugeriu como possibilidade o adiamento da festa para datas entre o final de maio e início de junho, antecipando ou utilizando feriados, sem que conflite com o calendário junino. E destacou a importância dos festejos de São João para o Nordeste, principalmente para seu interior, por isso não seria justo prejudicar as festas juninas que já não se realizaram neste ano de pandemia.

“Vou defender que os prefeitos das principais cidades que sediam carnaval no Brasil tentem organizar um calendário comum. Daí porque procurarei o prefeito do Rio de Janeiro, de São Paulo, e de outras cidades, para ver se é possível construir um adiamento do carnaval conjuntamente, caso isso seja necessário”, explicou o prefeito que é presidente nacional do DEM.

Carnaval de Salvador em 2018. Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS

Não é defensor de adiamento

ACM Neto destacou que não defende o adiamento do carnaval, mas que tratou do tema porque terá de decidir até novembro, pela perspectiva clara de não haver vacina. E ressaltou que sequer trataria do assunto carnaval, se não tivesse sido questionado em entrevista à CNN Brasil, no domingo (12).

“Da mesma forma que não quero gerar polêmica, tenho que ser claro. Qual é o mais provável? O mais provável é que até novembro não tenhamos uma vacina acessível a todos, que não tenhamos uma confirmação de imunização coletiva, e que essa decisão seja tomada. Caso o cenário seja o mais duro, vamos chegar lá e, com responsabilidade, vamos avaliar se é possível esse adiamento, como alternativa para evitar que um evento que tem um significado importantíssimo para a Bahia, sobretudo do ponto de vista econômico, deixe de acontecer”, concluiu ACM Neto.

O prefeito também tratou como fato o comprometimento do calendário de eventos do segundo semestre deste ano, na capital baiana, a exemplo dos festivais da Primavera, em setembro, e Virada, que celebra o ano novo. “Não tem cabeça para pensar nisso, agora. Quem especular sobre datas, vai estar brincando com um momento tão sério e grave que a gente vive hoje”, concluiu o prefeito.

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