R$ 300 mil doados

ONG de animais acusada de forjar crime para arrecadar tem contas bloqueadas

Dirigentes da ONG Pata Voluntária, de Maceió (AL), foram presas há uma semana

acessibilidade:

O juiz Rodolfo Osório Gatto Herrmann, da 6ª Vara Criminal de Maceió (AL), determinou, nesta sexta-feira (12), o bloqueio de contas bancárias ligadas à ONG Pata Voluntária, que teve suas diretoras presas sob a acuação de forjar um crime para atrair doações para o acolhimento de animais. O magistrado atendeu pedido feito pela Polícia Civil de Alagoas, que apura envolvimento da ONG no crime de estelionato.

De acordo com o inquérito policial, a presidente e outras duas integrantes da ONG noticiaram a ocorrência de um roubo no intuito de arrecadarem dinheiro para um abrigo de animais. Após o início da campanha, no entanto, a Polícia Civil apurou que o roubo não ocorreu. Mas o saldo do golpe somou cerca de R$ 300 mil em doações.

Em depoimento, a investigada Nayane Petrúcia da Silva Barros disse que resolveram comunicar o crime para arrecadarem mais rapidamente dinheiro para a construção de um hospital.

Para o juiz, o bloqueio das contas bancárias utilizadas pela ONG se reveste de interesse público, levando-se em conta que o suposto estelionato teria vitimado inúmeras pessoas.

“Tal medida se mostra necessária a fim de salvaguardar os valores arrecadados em prol da ONG Pata Voluntária, evitando o esvaziamento do dinheiro adquirido, em tese, por meio da prática de crime de estelionato”, afirmou o magistrado.

O processo tramita sob nº 0700506-33.2019.8.02.0067.

A presidente da Pata Voluntária, Amropali Pedrosa Mondal, foi libertada na tarde de ontem (11), após a Justiça aceitar seu pedido de habeas corpus. A terceira dirigente da ONG presa há uma semana foi Maria Gisele do Nascimento Oliveira. (Com informações da Dicol TJAL)

Reportar Erro